A prática do Karate-do, é hoje compreendida em todo o Mundo, como uma disciplina bio-psico-física e cultural.
Muito mais que uma arte marcial, é uma arte de movimento e respiração, criada com o objectivo de adquirir coragem, cortesia, integridade, humildade e auto-controle, no aperfeiçoamento físico-mental dos seus praticantes, através de uma prática salutar. Nele se aperfeiçoam o sistema cardio-vascular, muscular, respiratório, passando pelo treino da cordenação multi-lateral motora até ao treino mental de aperfeiçoamento da personalidade dos seus praticantes.
Esta arte de combate, realiza a máxima latina Mens sana in corpore sano, segundo o gosto dos seus praticantes, como seja: manutenção, lazer, reabilitação, recreativo, competivo, cultura física, e ainda, defesa pessoal.
Orientamos classes de crianças até adultos com base numa formação correta e adequada, revelando-se como sendo um saudável trabalho físico e psíquico, pelo excelente desenvolvimento uniforme que proporciona.
A Associação Distrital de Santarém – Amicale Karaté (AK-PMA) está empenhada na divulgação, promoção, incentivo e pratica da arte do Karaté (estilo Shotokan) supervisionada por um conselho técnico credenciado pela Federação Nacional de Karaté – Portugal (FNK-P), International Shotokan Karaté Federation (ISKF) e pela World Union of Karaté-do Federations (WUKF).
Possui um conjunto de instrutores e monitores devidamente formados e credenciados pela FNK-P para ministrar aulas desta modalidade nas duas vertentes:
Desportiva Competitiva
Participação em campeonatos de Karaté (Nacional e Internacional)
Tradicional (Marcial)
Participação em estágios de formação técnica tradicional a nível Nacional e Internacional.
Nos diversos Centros de prática sob a responsabilidade da Associação existem classes de Karaté que vão desde:
- A palavra competição pode ser substituída por treino, graduação, demonstração ou qualquer outra situação do dia-a-dia
“Um problema, uma dificuldade, um obstáculo, uma dor, significa sempre uma aprendizagem, uma alteração na maneira de viver e de pensar, uma tomada de novas decisões. A solução está na adaptação à competição e à vida, de uma forma consciente e inteligente.”
O QUE É A COMPETIÇÃO
A competição é positiva e dela poderemos retirar ensinamentos para a vida, mas para isso é necessário encará-la como um objectivo de crescimento pessoal e não um objectivo de pódio. É importante interpretar a competição como algo positivo, que melhora a auto-confiança; a superação do medo; o saber lidar com a perda; o saber compreender ou ser paciente com os erros dos outros; o acreditar que é possível. Entender que sem esforço e sem treino dificilmente se é recompensado com um prémio, sendo que o prémio pode não ser palpável, mas algo muito superior à taça. Encontrar o lado positivo e focar-se nele, não é uma forma de nos enganarmos, mas sim um estímulo para seguir em frente.
COMO ATINGIR O MEU OBJECTIVO?
Carácter, Sinceridade, Esforço, Etiqueta e Auto-Controlo. Se entendermos e aplicarmos as cinco máximas do karaté atingiremos os nossos objectivos.
Não podemos desistir, temos de ser persistentes e acreditarmos. Temos de ser positivos ter espírito de entreajuda, não podemos ser negativos, invejosos e desejar mal aos outros. Assisto constantemente a situações, de inveja, ou excesso de confiança, ou falta de humildade, ou simplesmente inconsciência e “pouca inteligência”, de competidores que eventualmente estarão a passar por um bom momento e têm tendência a criticar e até chacotear colegas mais fracos. E passado uns tempos, aqueles, os fracos, tornam-se campeões e os outros por causa da sua postura não chegaram longe. Contudo é muito importante que os objectivos estipulados sejam realistas e tenham limites temporais para a sua concretização. Eu não posso ser campeão Nacional se não treino à proporção e se pretendo esse título tenho que me preparar com meses ou anos de antecedência mediante o meu nível técnico.
COMPETIÇÃO – UMA LIÇÃO DE VIDA PARA TODA A VIDA
O sentimento do competidor deve ser sempre positivo, se quer ganhar, tudo bem e isso é importante, mas tem de saber respeitar e ser humilde. Respeitar as regras da competição (arbitragem e cidadania), respeitar o adversário, respeitar e ajudar a equipa, respeitar a equipa técnica, acatar as consequências dos actos com humildade.
Ao conseguir fazê-lo iremos ganhar o respeito de todos os intervenientes. Ser humilde e respeitador é diferente de ser submisso, cada ser humano tem a sua forma de ser e a sua genuinidade, devemos ser sempre nós próprios, mas como vivemos em sociedade por vezes temos de nos moldar sem perder a identidade. Em competição há e sempre haverá injustiça. E na vida? É igual. Por isso a competição é uma grande lição de vida e para a vida, pois o que lá acontece, acontece e acontecerá no dia-a-dia, desta forma a competição é uma boa aprendizagem para saber lidar com os problemas diários quando transportados de uma realidade para a outra.
AS INJUSTIÇAS
Onde há competição há injustiça e contra isso nada se pode fazer. Porquê? Porque as injustiças fazem parte da vida, há injustiça por toda a parte. E pode não ser por má fé, a questão é que o ser humano não é perfeito e erra, ou então tem um ponto de vista diferente do nosso. Normalmente há tendência para culpabilizar os outros, mas será desta forma que nos preparamos para as injustiças da vida? Se pensarmos, é muito mais fácil assumirmos o erro como nosso, mesmo que não seja assim, pois temos a hipótese de poder corrigir e evoluir. O trabalho está em mim, de outra forma teria de mudar o mundo porque todos os outros estão mal. Por vezes o problema está bem há frente dos nossos olhos, nós é que não o queremos enxergar…
PARA OS PAIS.
Do ponto de vista dos pais, quando o filho perde e sobretudo se houve injustiça, o que dá vontade de fazer? Ou desistir da modalidade ou nunca mais ir a competições. É legítimo e cada um é livre de tomar as suas decisão, por vezes dá vontade de o fazer, mas já agora, leu atentamente os pensamentos acima descritos? Concorda? Então acha que desistir é a solução?